segunda-feira, 1 de abril de 2013

OSSO DURO DE ROER... PESSOA INTRANSIGENTE, TEIMOSA, INCONVENIÊNTE OU TAREFA ÁRDUA, DURA , DIFICIL DE FAZER...

Osso duro de roer...  Nunca roi osso, há quem goste de roer osso de Galinha, de costelinha de porco, de costela de boi, osso de suã. Particularmente, isso não me atrai.Mas, conheço gente chic que adooora roer osso do pé de frango. Essa expressão tem dois significados , que acabam sendo igualados, porque uma pessoa osso duro de roer, faz a vida da gente ficar um osso duro de roer, rsrsr. Há acontecimentos na vida que a gente não esquece, ficam marcados e marcam a gente de tal forma que interfere  em quem a gente é. Minha professora do pré-primário, era assim , um osso duro de doer. Ela não tinha um dia que não me maltratasse, gritava, sacudia,rasgava minhas coisas e as jogava no lixo. Ela não tinha a mínima condição psicológica de lidar com crianças. Ela falava tudo em tom de braveza e gritado, não tinha nenhuma demostração de carinho, de apreço, era incapaz de fazer um gesto doce, cortez, não pedia por favor e nem agradecia. Era uma pessoa carrancuda, como se tivesse cumprindo uma tarefa que para ela era desagradável. Suas atitudes, infelizmente, me marcaram e até hoje quando olho para um relogio analógico, eu lembro da ''mardita'',rsrsr. Ela não era pessoa de explicações, era pessoa de atitudes brutas . Eu lembro dela assim, tinha apenas 5 anos, e a imagem da tia Virginia ainda está tão negativa quanto antes. Ela é um contra-exemplo vivo de pessoa, é uma pessoa que espero nunca ser. Ela destruiu, o reloginho de tampa de margarina , somente porque não gostou dele, e o  jogou no lixo. Ela não me perguntou se aquilo era o meu melhor, não perguntou se eu tinha ficado horas fazendo, não perguntou se a minha mãe tinha feito um sacrifício de comprar a margarina que agora ficaria destampada. Ela não me perguntou se eu tinha condições de comprar outra margarina para  fazer outro relógio, ela simplesmente jogou fora todo esforço meu  e da minha mãe. E continuou a sua vida como se nunca tivesse feito nada de mal. Nunca fui santa, como qualquer outra criança, eu era das menos arteiras, e mesmo se fosse com 5 anos de idade , ninguém precisa ser subjulgado, aterrorizado, destruido por um adulto insatisfeito e insano.Hoje, quando olho para um relógio analógico, eu demoro mais tempo que as outras pessoas para ver a hora e ainda sinto que fiz algo errado, sou capaz de ensinar alguém a olhar as horas e quase incapaz de lê-las com precisão. Osso duro de roer!!! A tia Virgínia , era assim. Um dia, fui visitar uma pessoa no hospital, e quem estava lá visitando a mesma pessoa? Sim, a tia Virginia. Eu, claro, a reconheci , ela já não me reconheceu porque 11 anos depois, a gente muda demais. Então,  depois das devidas apresentações,querendo ser simpática , ela pergunta  como  eu lembrava dela,depois de tanto tempo  E eu, sem querer responder, disse que lembrava  todo dia. Ela iluminou o rosto e se  encheu de alegria e continuou :- Ah, é? Que legal!! E eu:- a senhora acha? Eu não acho, não! Ela admirada me pergunta porque e eu respondo que preferia não falar sobre isso. Ela, tentando ser agradável, pergunta que série eu estou e me conta da vida dela. Respondi que fazia magistério e era especialista em pré escolar. Ela curiosa, pergunta outra vez e agora insiste veemente , porque eu lembro tanto dela .Eu respondo que ela não vai gostar de saber, que é desgradável. Mas, a osso duro de roer , não me dá trégua. Então, de rompante, eu digo:- olha, a senhora não vai gostar de saber e vai ser desagradável, e além do mais hospital e visita não são para isso. O paciente, interfere e me pede que eu fale , porque agora ele está curioso. Liberada desse jeito, eu continuei meu discurso. A senhora rasgou um livro na minha frente, esse livro tinha uma dedicatória da minha tinha e a senhora jogou fora. Sempre num ato bruto, como se estivesse com raiva da vida, a senhora não deixou que eu catasse  do lixo , o meu pequeno tesouro. Depois, a senhora com sua habitual ''delicadeza'', rasgou meu relogio de tampa de margarina , somente porque a senhora tinha achado horroroso, uma porcaria, palavras da senhora que o tomou da minha mão e jogou no lixo, o dinheiro da minha mae, e todo meu trabalho que para executar fiquei horas fazendo.  Daquele dia em diante, eu ia demorar a olhar horas em relógio analógico, apesar de ensinar as pessoas olharem e elas aprenderem. Quer mais ou já está satisfeita?Ela disse nessa hora, que já estava bom, meio sem graça, não falou nada sobre o que eu tinha dito. Nem um pedido de desculpas, ainda que só fosse por educação. Mas, depois de um tempo , ela perguntou: - Tem mais alguma coisa?  Tem sim, respondi. Ela : - Fala aí, para eu saber . Eu disse que não ia mudar em nada, que isso era passado. Veemente, ela insistiu, e então, eu falei:-A senhora deixava o seu filho, o Leonardo, fazer o que ele quisesse, mexer nas coisas da gente e não o corrigia, o menino era uma peste, atentado, não dava sossego para ninguém, isso não era profissional, já que o ''Leo'' não estudava na nossa escola. Fora,. que a senhora gostava muito de gritar, sacudir,agir com brutalidade, era muito terrorista. E, depois dessa, ela sorriu, não sei, porque e nem praquê, e não falou mais nada a não ser um convite  para  eu ir na lanchonete dela, que vendia pão de queijo.Talvez tenha sorrido de sem graça, ou mesmo de prazer por ter torturado a uma criança que já sabia ler, que aprendeu sem querer, que mesmo com os maltratos dela, era uma aluna que a obedecia e respeitava, que se sentia mal na frente dela.Eui sobrevivi a um  Osso duro de roer, que fez da minha vida  escolar  naquele  ano, outro osso duro de roer...  Não sei da vida de ninguém, cuido" male male " da minha rsrsr . A gente  muitas vezes não tem escolha, tem que roer o osso, tem que passar por tempos de dureza, tem que sobreviver a própria vida, tem que sobreviver ás pessoas amargas e ao fel que elas destilam, só não pode deixar que isso seja algo que faça a gente perder a motivação. Essa situação tem que ser desafiante e desfiadora, tem que fazer a gente crescer, como todas as coisas da vida.A vida é muito curta para que a gente infernize os outros e a  gente mesmo não sendo gentil, cortez , solidário.Ainda acredito que gentileza gera gentileza, que usar , ''por favor'', ''obrigada'','' licença'' e outras expressões que denotam finesse e educação, são provas da nossa civilidade.Se a gente pela força das circuntâncias precisar muito de conviver com gente assim, a gente convive , faz o social. Se não  precisa, melhor evitar os ossos duros de roer da vida. Gente assim, só  por obrigação. Contra isso, tem a nossa Fé que cura  a alma, nossa  alegria,nossa infantil crença na humanidade, que faz a gente  dinâmico, otimista,irritantemente bobo, simplório, sobrevivente da gente  e dos outros e acontecimentos da vida. Contra os ossos duros de roer, ainda tem a nossa força para não se deixar contaminar com  o mau humor , com a frustração que estas pessoas tem. Essa persistencia no que é reto e no que  a gente acredita ser o certo,é o  que faz a gente com DEUS( no meu caso),seguir,  aprender e apreender para praticar algo de bom, mesmo depois, da ação de um osso duro de roer. A gente tem mais que dar leveza na vida, antes que nosso coração endureça, antes que a morte nos separe daquilo que a gente tem como vida.A vida é agora!! A vida é hoje porque amanhã pode não acontecer para a gente. Então, a gente tem que viver intensa e plenamente, e da vida sorver tudo que der , fazer valer de verdade, ser sempre feliz, ainda que não esteja contente, ainda que tudo não saia como a gente planejou, apesar das circuntâncias.Roer ossos é para cachorro, não para seres humanos !! Isso faz  a gente ser meio Waldick Soriano,  já que a gente ,não é cachorro , naõ!! rsrsr.  Ao contrário, do osso duro de roer, a gente vai em frente com ternura e doçura, sem perder a nossa essência ,e aí suplanta, supera,aprende e  finalmente sobrevive, segue em frente , lembra do passado sem amargor, sem tristeza . E assim celebra cada dia , como uma página a ser escrita, como uma oportunidade, como novidade de  vida Viva a vida!!

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