Mar de rosas... Dorival Caymmi, poeta músico, compositor, tem uma música que diz que é doce morrer no mar e outra que diz que o mar quando quebra na praia é bonito. Nas duas músicas, ele faz alusão á morte, nas duas músicas, ele dá ares de beleza á tristeza. Talvez , porque a vida é/seja assim mesmo, uma ambiguidade ambivalente. A gente quando entra na vida também recebe a nossa sentença de morte. Ninguém está livre disso, de ser um sobrevivente mesmo que não se dê conta disso, mesmo que a gente viva como se fosse viver aqui eternamente. A vida não é sempre tempestade e nem sempre é bonança, tudo tem sua hora e lugar, tudo tem seu tempo. Isso não é novidade nenhuma, o Rei Salomão, escritor do livro de Eclesiastes, na bíblia, já tinha escrito isso, há mais de 2000 anos atrás. Ele, em toda sua sabedoria, não conseguiu escapar dos problemas, até porque, um homem que tem 700 esposas e 300 concubinas, não tinha lá uma família das mais perfeitas, imagina na época da páscoa o que virava esse reino. Fato é que a vida não é um mar de rosas para ninguém, a não ser na Disneylândia, a terra da fantasia e faz-de-conta. No mundo real, nesse que a gente vive, não tem jeito, apesar de ter gente que se iluda, na expectativa que a vida possa ser um mar de rosas. Nem o filho de DEUS escapou a isso, desde o dia que ELE nasceu até o dia que ELE morreu, a vida DELE não foi um mar de rosas. Não sei quem difundiu essa ideia do mar de rosas, não sei quem foi que inventou que a gente tinha que esperar que a vida fosse um mar de rosas, mas, certamente essa pessoa devia encontrar paz nas duas coisas. No mar, que faz a gente mais leve e nas rosas que tem a beleza simples da flor. A vida não é um mar de rosas... mas, também não quer dizer que não possa ter paz, esperança e expectativa de melhora. O que faz a vida ser mais fácil ou mais difícil, é a maneira que a gente a encara, a enfrenta. A vida é muito curta e quando a gente se dá conta, já foi... por isso sempre é tempo da gente curtir da melhor maneira que der , enquanto a gente puder, aproveitar o cotidiano, o simples, no dia-a-dia, na convivência, porque na maioria das vezes é nisso, que a vida da gente se torna especial. Viva a Vida !!!
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